Querido Papai!
Já se passam alguns anos da minha existência, nas a tua lembrança continua queimando no meu coração. Como foi
tão curta a nossa amizade, Pai, meu grande amigo! Eu
tinha apenas sete anos, a consciência mal começava a despertar em mim a razão daquilo que haveria de ser. O impacto da realidade foi ofegante no pouco tempo que convivi contigo. Houvera aprendido tanto que a prática da vida, nesse mesmo momento, resolvera iniciar em mim, o teste da sobrevivência. As estações foram se passando moldando os meus conhecimentos, as minhas fantasias de criança. Amarguras, decepções, difíceis barreiras de se transporem dia a dia, mas a paciência que é a minha grande aliada, mostrou-me como superar estas dificuldades. A falta dos teus conselhos muitas vezes me fez tropeçar.
Agora casado, na eminência de me tornar pai, não posso deixar de regressar ao passado, para rever aqueles marcantes períodos. Recordo que ainda solteiro, comprei um disco instrumental, onde uma faixa intitulada "I will return" (eu voltarei), me ressuscitava a tua presença.
Muitas vezes ao escutar esta música chorava saudosamente. A certeza de que jamais partiste, está mais viva do que nunca, pois ao atingir a idade madura e tendo conseguido tudo vencer, nada teria evoluído em mim se não estivesses constantemente ao meu lado. Muito obrigado Papai, estejas onde estiveres, nesse teu merecido descanso, e te imploro que quando retornares a esta terra como espírito sublime, possas transmitir ao meu filho a maravilha dos ensinamentos que me presenteastes.
Antonio A. Francisco
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